10 artistas de Jundiaí e região para ficar de olho em 2020

Valorize os artistas da sua cidade e região. Apoie o trabalho dos seus amigos artistas. E, sobretudo, saiba que criar arte nesse país está cada vez mais difícil.

Na capa, a funkeira MC Lynne, de Campo Limpo Paulista (SP).

Astronova

Foto por Pablo Zanella

O quinteto hardcore surgiu em 2017, tem letras sagazes e já foi mais longe do que imaginou. No ano passado, a Astronova encerrou a primeira edição do festival Jundiaí Rocks junto da banda CPM 22. O primeiro trabalho autoral veio um ano antes, o EP “Anomia. Omissão. Opressão. Ascensão”, que registra muito bem as influências e opiniões do grupo. Seus integrantes, remanescentes de bandas que movimentaram o interior paulista no começo dos anos 2000, são Chello Harada (voz), Luís Paulo (guitarra e vocais), Junior Costa (baixo vocais), Felipe Sibon (guitarra) e Thi Murbach (bateria).

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Boca de Lobo

Foto por Valeska Barboza

Vindos do ‘lado esquecido da cidade’, como lembram em uma de suas músicas, o Boca de Lobo surgiu em 2013 e vem provocando reações curiosas por onde passa. No ano passado o grupo lançou finalmente seu primeiro EP, “Relatos do Lado Esquecido”, cuja sonoridade mescla a lírica consciente do punk com a velocidade do thrash metal e do hardcore feito no Brasil nos anos 1980, abrindo caminho para álbum que deve ganhar o mundo em breve. Seus membros são Cassiano Biaggio (voz), Galiego Edge (voz), Mateus Cappuccelli (guitarra), Raul Fernandes (baixo) e Diego Martins (bateria).

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DJ Maravilha

Foto por Júlia Barker

Bahia e Rio de Janeiro se misturam no sangue e no som de Isadora Reis, a DJ Maravilha. Na pista desde 2014, a artista e pesquisadora musical criou em 2017 o Baile da Maravilha, onde apresenta suas influências musicais, como o rap e a MPB, e compartilha o palco com outros DJs, MCs e cantores — nomes como Ma Boo, Tahira e Lurdez da Luz já passaram pelo projeto. Neste ano, o baile virou bloco e reuniu mais de 4 mil pessoas, oferecendo novas configurações para o Carnaval jundiaiense. Agora, além de seguir o baile, Maravilha vai assinar a produção musical de um disco e deve levar suas pesquisas para outros continentes. A nave vai decolar.

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Igor Pupo

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Cria da nova música brasileira, o cantor e compositor se prepara para lançar seu primeiro álbum neste ano. “Melancolia” chega no segundo semestre, reunindo novas versões de músicas que estiveram em seus EPs anteriores (Chuvas Quentes, Luzes Baixas, Ventos Frios e Cores Férteis). As canções foram escritas em 2014 e narram processos pessoais difíceis vividos pelo artista, abordando temas como depressão, liquidez das relações e alienação. O projeto será realizado com recursos vindos do Programa de Estímulo à Cultura, edital público que premiou artistas de Jundiaí para criação e circulação de seus trabalhos. Quem assina a produção musical é Isadora Reis, a DJ Maravilha. Já as apresentações ao vivo terão participação de outra jundiaiense, a DJ Alice Furacão.

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Izzo

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Bicho solto, Izzo é de Campo Limpo Paulista (SP), mas faz música que parece de outro planeta. O rapper e produtor musical une batidas sintéticas, feitas em seu celular, com vocais ligeiros e carregados de mensagens sobre vivências pessoais e temas contemporâneos, como em “O Baitola do 1º G”, faixa que faz referência ao seu período escolar. Seu primeiro EP, “A$$UR74”, foi lançado em 2017 e ganhou um clipe produzido pela SALVE – Semana do Audiovisual Livre. Em seguida, ele integrou o grupo performático Amores de verão que não chegam no inverno. Com exclusividade, ele contou ao blog que vai lançar mais um EP neste semestre.

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Jasper e a Gana

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De Itatiba (SP), o grupo surgiu do encontro entre a cantora Jasper e os músicos Ramone, Bruno Ferranti e Léo Barboza. “Aflora”, seu primeiro EP, foi lançado em 2019 e reúne músicas que tratam de temas como a conexão com o próximo e descobertas individuais. Se você gosta de artistas como Tuyo, Luedji Luna e Liniker, escute “Mente Sabida” agora mesmo.

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Jupta

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Vencedores na categoria Hit do Ano em premiação durante a SIM – Semana Internacional da Música no ano passado, a Jupta é a criança prodígio da lista. Com referências que vão de Joy Divison a Elis Regina, passando por Secos & Molhados, Twenty One Pilots e Móveis Coloniais de Acaju, a banda surgiu em 2018 reunindo os amigos Mateus Flores (voz), Marcus Lins (guitarra e sintetizadores) e Henrique Oliveira (bateria). O grupo prepara novidades para este ano, incluindo seu segundo álbum. Por enquanto, escute o ótimo “Um pouco de paz antes que tudo acabe”, lançado no ano passado.

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MC Lynne

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De Campo Limpo Paulista (SP), MC Lynne ganhou projeção através da plataforma global KondZilla. Quem assiste ao clipe de “Tô no Gás”, seu single mais recente, não imagina que até 2018 ela se dedicava à música gospel. A virada aconteceu durante uma viagem para Minas Gerais, quando a MC foi convidada para escrever um funk. E não é que deu certo? “O contato com o funk mudou minha forma de ver a música, o mundo e rever conceitos sobre mim mesma. Descobri então que tinha nascido para ser MC, só não sabia disso antes”, disse em entrevista recente.

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Renan Cavolik

Foto por Ana Paula Oehler

Ele conquistou o país em 2018, durante sua passagem pelo televisivo The Voice Brasil. A voz do cantor e compositor jundiaiense emocionou Ivete Sangalo, que o chamou de ‘futuro da música pop brasileira’. Apesar disso, a trajetória do artista começou bem antes, no teatro musical, e ganhou dimensão após ele vencer um concurso que o levou ao estúdio Midas Music, do renomado produtor musical Rick Bonadio. Agora, após lançar uma série de singles que mostram seu amadurecimento musical (“Colo“, “Hora H” e “Pegada“), Renan prepara agora seu primeiro álbum de estúdio, com lançamento previsto para o segundo semestre. O projeto foi premiado em edital do Programa de Estímulo à Cultura.

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Yung Buda

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Alguns de seus clipes já ultrapassaram milhões de visualizações no YouTube, mas seu trabalho vai além dos grandes números. Através de suas referências geeks, ele traduz seus sentimentos e faz críticas sociais de uma maneira pouco óbvia. Em seu último lançamento, o disco “True Religion”, o rapper mistura referências das culturas pop ocidental e oriental, criando um universo futurista e sombrio. “Eu tentei começar a fazer música eletrônica, mas é um cenário um pouco diferente, mais difícil de você entrar, tipo, quando você vem do nada. O rap estava mais acessível para mim”, disse o jundiaiense em entrevista ao Metrópoles no começo deste ano. Não deixe de assistir “Autumn Ring Mini”.

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